Um nerd com poucos amigos, que gostaria de ser tão popular na faculdade quanto o time de remo, e que é rejeitado pela garota que gosta. O que poderia ser o enredo de um filminho sessão-da-tarde meio sem graça, é a história real do bilionário mais jovem da história.
O bom "A rede social" conta como Mark Zuckerberg deixou de ser o gênio-nerd-meio-estranho para se tornar o gênio-nerd-meio-estranho e bilionário. A criação do Facebook, a maior rede social do mundo e um símbolo das novas interações virtuais, é apenas um pretexto para mostrar o que toda boa história sempre mostra: relações humanas.
A partir do fim do namoro, Zuckerberg decide fazer algo que o deixe célebre e bem quisto para reconquistar a menina. E, nessa busca, muita coisa acontece. Zuckerberg transita entre a ingenuidade desleixada e a perversidade cínica, que o afastam do seu sócio e verdadeiro amigo, o brasileiro Eduardo Saverin, e o aproximam do ególatra Sean Parker, criador do Napster, e que viria entrar no Facebook. É a negação do passado frustrado em busca do futuro de sucesso e aceitação social. Aceitação social, por sinal, é a chave das conquistas e das frustrações de Zuckerberg.
Analisando a si mesmo, Zuckerberg percebeu que a vida é um grande teatro, onde as pessoas tentam encenar os papéis principais. E, sendo assim, pouco importa o que você verdadeiramente é; o importante é a imagem percebida pelos outros. O Facebook seria, então, o palco. Ali, cada um representa o que bem desejar. Mas Zuckerberg também é apenas um humano, demasiado humano, em busca da legitimização de seus semelhantes e, assim como os outros, confunde-se entre o que ele de fato é e a personagem inventada.
Mark Zuckerberg pensou que a solução dos seus problemas seria ter um milhão de amigos pra bem mais forte poder cantar. Mas ao ver que na sua lista de amigos do Facebook não estava a única pessoa que realmente o interessava, sua ex-namorada, deixou Roberto Carlos de lado e voltou a ouvir Beatles:
I|m a loser, I|m a loser, And I|m not what I appear to be
Of all the love I have won or have lost,
There is one love I should never have crossed.
She was a girl in a million my friend, I should have known she would win in the end.
I|m a loser, and I lost someone who|s near to me…
Por: Carlos Batalha