Em menos de 24 horas após sua estreia, “iHostage” se tornou um dos filmes mais assistidos da Netflix globalmente. O motivo? Uma história de sequestro inspirada em um caso real que mistura tensão, claustrofobia e a incerteza constante sobre como — ou se — tudo terminará bem.
Uma ida banal à loja vira um pesadelo ao vivo
Ilian (Admir Šehović), um turista búlgaro em Amsterdã, entra em uma loja da Apple para comprar fones de ouvido. Em minutos, o local é invadido por um homem armado (Soufiane Moussouli), que faz Ilian refém e exige €200 milhões em criptomoedas, ameaçando explodir o prédio caso suas exigências não sejam atendidas. Enquanto clientes se escondem e a polícia cerca o edifício, o espectador acompanha cada passo da tensão, quase em tempo real.
Baseado em um sequestro que parou a Holanda
O filme dramatiza o incidente ocorrido em 22 de fevereiro de 2022, quando um sequestrador armado manteve um refém em uma loja da Apple por mais de quatro horas. A situação foi transmitida ao vivo em redes sociais e noticiários. O desfecho — com o refém fugindo e o sequestrador sendo atropelado pela polícia — também é retratado com fidelidade no longa.
Ritmo acelerado, mas pouco tempo para desenvolver personagens
“iHostage” mantém o espectador preso do começo ao fim, mas algumas críticas apontam que o foco exclusivo na tensão da situação acaba limitando o desenvolvimento dos personagens. Ilian, o refém, ganha alguma profundidade, mas o sequestrador e os policiais ao redor seguem arquétipos previsíveis. Ainda assim, a atuação de Admir Šehović é bastante elogiada por trazer vulnerabilidade genuína ao papel.
Uma produção direta e eficiente para quem busca adrenalina
Com pouco mais de 90 minutos de duração, o filme não perde tempo com subtramas. Ele sabe o que quer entregar: tensão. Não é uma obra que mergulha em reflexões psicológicas como outros thrillers do gênero, mas para quem gosta de reconstituições baseadas em fatos reais, é uma pedida certeira — especialmente se assistido sem saber os detalhes do caso original.
