Direção: Haolu Wang
Roteiro: Charlie Brooker
Elenco: Issa Rae (Brandy Friday), Emma Corrin (Dorothy Chambers/Clara Ryce), Harriet Walter (Judith Keyworth), Awkwafina (Kimmy)
Gênero: Ficção Científica, Drama, Romance
“Hotel Reverie”, terceiro episódio da sétima temporada de Black Mirror, mergulha em uma narrativa que explora os limites entre realidade e simulação, amor e programação, passado e presente. Com uma estética que remete aos clássicos do cinema noir, o episódio apresenta uma história de amor entrelaçada com críticas à indústria cinematográfica e à tecnologia de inteligência artificial.
Sinopse
Brandy Friday (Issa Rae), uma atriz de Hollywood desiludida com os papéis disponíveis, aceita participar de uma nova versão do clássico fictício dos anos 1940, Hotel Reverie. Utilizando a tecnologia “ReDream”, sua consciência é inserida em uma simulação do filme, onde interage com personagens gerados por IA, incluindo Clara Ryce (Emma Corrin), baseada na atriz original Dorothy Chambers. À medida que Brandy se envolve emocionalmente com Clara, a linha entre atuação e realidade se desfaz, levando a consequências inesperadas e profundas reflexões sobre identidade e amor.
Crítica e Recepção
O episódio foi amplamente discutido pela crítica. O Entertainment Weekly destacou a conexão temática com o episódio “San Junipero”, descrevendo “Hotel Reverie” como um “sucessor espiritual” que explora o amor em ambientes digitais e a nostalgia cinematográfica.
O Den of Geek elogiou a estética do episódio, chamando-o de “o episódio mais bonito visualmente que Black Mirror já produziu”, destacando a performance de Emma Corrin como uma homenagem às estrelas do cinema dos anos 1940.
Por outro lado, o Polygon observou que, embora o episódio compartilhe elementos com “San Junipero”, ele apresenta uma tonalidade mais melancólica, explorando as complexidades do amor em mundos simulados e as implicações éticas da tecnologia na arte.
O The Guardian comentou que “Hotel Reverie” oferece uma visão mais calorosa e humana, mantendo o tom satírico característico da série, e destacou a performance de Issa Rae como uma representação de artistas buscando autenticidade em um mundo cada vez mais digital.
Conclusão
“Hotel Reverie” é uma exploração poética dos limites entre realidade e simulação, oferecendo uma narrativa que é ao mesmo tempo uma homenagem ao cinema clássico e uma crítica às implicações da tecnologia na arte e nas emoções humanas. Com performances marcantes e uma estética envolvente, o episódio se destaca como uma das entradas mais emocionais da temporada.
Nota: 8.5/10
Fontes: