Crítica: “Eulogy”, Black Mirror. Uma jornada emocional de arrependimento e reconciliação

Crítica: “Eulogy”, Black Mirror. Uma jornada emocional de arrependimento e reconciliação

Sabrina Nobre | Hoje no Cinema

Divulgação

Publicado em 15/04/2025 às 18:50

Direção: Chris Barrett & Luke Taylor

Roteiro: Charlie Brooker & Ella Road

Elenco: Paul Giamatti (Phillip), Patsy Ferran (The Guide)

Gênero: Ficção Científica, Drama

“Eulogy”, quinto episódio da sétima temporada de Black Mirror, apresenta uma narrativa profundamente emocional que explora os temas de memória, arrependimento e reconciliação. Com uma performance notável de Paul Giamatti, o episódio se destaca por sua abordagem mais humana e introspectiva, diferenciando-se das habituais críticas tecnológicas da série.

Sinopse

Phillip (Paul Giamatti), um homem solitário e recluso, é contatado pela empresa de tecnologia Eulogy após a morte de sua ex-namorada, Carol. A empresa oferece um serviço que permite aos entes queridos criar um memorial imersivo utilizando memórias e fotografias. Inicialmente relutante, Phillip concorda em participar, mas enfrenta dificuldades ao perceber que não consegue se lembrar do rosto de Carol, tendo destruído ou danificado todas as fotos dela após o término conturbado do relacionamento.

Com a ajuda de uma guia virtual (Patsy Ferran), que posteriormente se revela ser uma representação digital da filha de Carol, Phillip embarca em uma jornada por suas memórias. Ao revisitar momentos do passado, ele confronta verdades dolorosas sobre sua infidelidade e descobre que Carol estava grávida quando ele tentou reatar o relacionamento. Uma carta não lida, encontrada anos depois, revela o desejo de Carol de reconciliação, levando Phillip a uma catarse emocional e à participação no funeral dela, onde sua filha toca uma composição de violoncelo em homenagem à mãe.

Crítica e Recepção

O episódio foi amplamente aclamado pela crítica. O Den of Geek descreveu “Eulogy” como “um dos episódios mais comoventes de Black Mirror“, destacando a performance de Giamatti e a direção sensível que equilibra tecnologia e emoção.

O Entertainment Weekly elogiou a abordagem do episódio, que utiliza a tecnologia como ferramenta para explorar a psique humana, em vez de como vilã, oferecendo uma narrativa mais esperançosa e introspectiva.

O Netflix Tudum destacou a atuação de Patsy Ferran, cuja interpretação da guia virtual adiciona profundidade e empatia à história, tornando a jornada de Phillip ainda mais impactante.

O Stylist considerou “Eulogy” como “um episódio que permanece na mente do espectador”, ressaltando sua capacidade de provocar reflexões sobre arrependimentos e segundas chances.

Conclusão

“Eulogy” é uma adição memorável à antologia de Black Mirror, oferecendo uma narrativa que combina elementos de ficção científica com uma exploração profunda das emoções humanas. Com atuações poderosas e uma história tocante, o episódio convida os espectadores a refletirem sobre o passado, o perdão e a possibilidade de redenção.

Nota: 9.5/10

Fontes: