Crítica: “Bête Noire”, Black Mirror. Um thriller psicológico sobre manipulação e realidades alternativas

Crítica: “Bête Noire”, Black Mirror. Um thriller psicológico sobre manipulação e realidades alternativas

Sabrina Nobre | Hoje no Cinema

Divulgação

Publicado em 15/04/2025 às 16:46

Direção: Toby Haynes

Roteiro: Charlie Brooker

Elenco: Siena Kelly (Maria), Rosy McEwen (Verity Green)

Gênero: Ficção Científica, Drama Psicológico

“Bête Noire”, segundo episódio da sétima temporada de Black Mirror, mergulha em uma narrativa que explora os limites da realidade e os efeitos duradouros do bullying. Com performances intensas de Siena Kelly e Rosy McEwen, o episódio apresenta uma história de vingança e manipulação tecnológica que desafia a percepção do espectador.

Sinopse

Maria, uma pesquisadora de alimentos, vê sua vida desmoronar após a chegada de Verity, uma ex-colega de escola, em seu local de trabalho. Eventos estranhos começam a ocorrer: Maria esquece nomes familiares, compromissos desaparecem de sua agenda e ela é acusada injustamente de ações que não cometeu. À medida que sua sanidade é questionada, Maria descobre que Verity possui um dispositivo capaz de alterar realidades, usando-o para se vingar dos traumas do passado.

Crítica e Recepção

O episódio recebeu críticas mistas. O Entertainment Weekly descreveu “Bête Noire” como uma parábola sobre gaslighting, destacando a forma como a narrativa aborda a manipulação da realidade e a desinformação na era digital. O criador Charlie Brooker comentou que o episódio reflete a experiência contemporânea de ter a realidade fragmentada por versões concorrentes dos fatos.

O Den of Geek elogiou as performances das protagonistas, mas apontou que o episódio é mais impactante em seus momentos finais, com a maior parte da ação concentrada no clímax. A publicação também observou que, embora o episódio pareça de baixa intensidade em comparação com outros da série, ele aborda grandes temas através de uma lente íntima.

O Mashable destacou a reviravolta no final do episódio, onde Maria assume o controle do dispositivo de Verity e altera a realidade a seu favor, tornando-se uma figura de poder em um novo universo. Essa conclusão levanta questões sobre moralidade e os efeitos do poder absoluto.

O Wired classificou “Bête Noire” como o terceiro melhor episódio da temporada, elogiando sua narrativa surpreendente sobre manipulação de memória e vingança social.

Conclusão

“Bête Noire” oferece uma reflexão perturbadora sobre os impactos do bullying e a busca por controle sobre a realidade. Embora apresente um ritmo mais lento em sua primeira metade, o episódio recompensa o espectador com um desfecho provocativo que questiona os limites da moralidade e da percepção.

Nota: 7/10

Fontes: