Review: “Baby” (2024). Um retrato sensível e cru da busca por pertencimento nas margens de São Paulo

Review: “Baby” (2024). Um retrato sensível e cru da busca por pertencimento nas margens de São Paulo

Redação | Hoje no Cinema

Divulgação

Publicado em 01/02/2025 às 11:50

Diretor: Marcelo Caetano

Elenco: João Pedro Mariano (Wellington/Baby), Ricardo Teodoro (Ronaldo), Ana Flávia Cavalcanti (Priscila), Bruna Linzmeyer (Jana)

Gênero: Drama

“Baby” narra a história de Wellington (João Pedro Mariano), um jovem recém-saído de um centro de detenção juvenil que se vê desamparado nas ruas de São Paulo após perder contato com sua família. Em um cinema pornográfico, ele conhece Ronaldo (Ricardo Teodoro), um experiente garoto de programa que o introduz ao mundo da prostituição e das drogas. À medida que a relação entre eles se aprofunda, Wellington, agora apelidado de “Baby”, busca construir uma nova família e encontrar seu lugar em uma sociedade que frequentemente o marginaliza.

Crítica e Recepção

A direção de Marcelo Caetano foi amplamente elogiada por sua abordagem sensível e realista das vidas nas periferias urbanas. A crítica destacou a capacidade do filme de retratar a complexidade das relações humanas sem recorrer a estereótipos ou julgamentos morais. A química entre João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro é um dos pontos altos da narrativa, trazendo autenticidade e profundidade aos personagens. A cinematografia de Joana Luz captura com maestria a dualidade de São Paulo, apresentando-a tanto como um espaço de opressão quanto de encontros inesperados e liberdade.

No entanto, alguns críticos apontaram que o filme poderia se beneficiar de uma abordagem mais solta, permitindo uma maior fluidez na narrativa. Apesar disso, “Baby” foi reconhecido como um dos grandes filmes brasileiros dos últimos anos, recebendo prêmios em festivais internacionais e consolidando Marcelo Caetano como um diretor de histórias humanas e relevantes.

Conclusão

“Baby” é uma obra que oferece um olhar profundo sobre a busca por identidade e pertencimento nas margens da sociedade. Com atuações poderosas e uma narrativa envolvente, o filme convida o público a refletir sobre as complexidades das relações humanas e os desafios enfrentados por aqueles que vivem à margem. É uma adição valiosa ao cinema brasileiro contemporâneo, destacando-se por sua sensibilidade e profundidade temática.

Nota: 8.5/10

 

Fontes: